quarta-feira, 15 de junho de 2016

Não sou posse de ningúém

Eu não quero ser posse de ninguém
Ou mesmo de alguém me pertencer
Quero simplesmente viver
E partilhar tudo também
Não quero muros que me protejam
Nem amarras que me prendam
Quero sentir a força do vento
Quero viver cada momento
Da vida que quero e tento
Quero tirar os ferrolhos
Às portas que me limitam
Quero abrir de par-em-par essas janelas cinzentas
Quero tirar de mim as telhas
Essas que me protegem e abrigam
Quero sentir o vento nas ventas
Quero sentir a terra fresca
Terra que me há-de comer
Mas enquanto aqui viver
Não quero ser posse de alguém
E ninguém me há-de ter.
Que me não digam para onde vou
Quero ser eu a ir mais além
Quero viver na vida o que sou
Ser e não ser de outro alguém
Jluiz

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